Glossário



O presente glossário foi construído com base na Infopédia, no Geoportal do LNEG, na Wikipedia e nos termos de Paleontologia de Invertebrados da autoria de C.M. da Silva e S. Pereira para o Dicionário da Língua Portuguesa da Academia de Ciências de Lisboa.

Afloramento: Parte da rocha que está exposta à superfície. Os afloramentos devem-se à ação dos processos erosivos naturais, embora possam também resultar da ação do homem, como por exemplo, taludes em estradas, túneis e poços.

Amniota: Um clado que envolve todos os animais cujos embriões estão protegidos por uma membrana amniota.

Amonite: Grupo extinto de cefalópodes amonoides mesozoicos, do Jurássico e do Cretácico, ordem Ammonitida.

Anelídeos: Grupo de vermes de corpo dividido em anéis, com nefrídios e sistema nervoso ganglionar típico; anelados, anélidos.

Anticlinal: Dobra onde o seu núcleo (centro da dobra) está ocupado pelas camadas rochosas mais antigas, enquanto as mais recentes estão na parte periférica, tipicamente antiforma (convexidade voltada para cima).

Aquitaniano: Idade da Época Miocénica, do Período Neogénico, da Era Cenozoica, com início há aproximadamente 23 milhões de anos.

Arenigiano: Andar regional do sistema Ordovícico na região Mediterrânica e norte-gondwânica, correspondente ao topo do Ordovícico Inferior e base do Ordovícico Médio do eratema Paleozoico, que se iniciou há cerca de 477 milhões de anos.

Arenito: Rocha sedimentar detrítica constituída por grãos da dimensão da areia agregados por um cimento que pode ser silicioso, carbonatado ou composto por óxidos ou hidróxidos de ferro.

Argilito: Rocha sedimentar detrítica constituída por partículas da dimensão da argila.

Avalónia: Microcontinente que existiu durante a era Paleozoico e que terá incluído a área sudoeste da Grã-Bretanha e a costa leste da América do Norte.

Bacia Carbonífera: Depressão originalmente numa região límnica onde se depositaram, em condições anaeróbias, sedimentos continentais com abundantes restos de vegetais. Nessas bacias ocorreram fenómenos de incarbonização que originaram carvão. Usa-se frequentemente para bacias onde se depositaram sequências sedimentares continentais durante o período Carbonífero.

Bacia Lusitânica: Bacia sedimentar que se desenvolveu na Margem Ocidental Ibérica durante parte do Mesozoico, cuja dinâmica este relacionada com a fragmentação da Pangeia e abertura do Atlântico Norte.

Báltica: Continente existente desde o final do Proterozoico até ao Paleozoico e que inclui o cratão da Europa Oriental no noroeste da Eurásia.

Bentónico: Que vive no fundo, no substrato de um habitat aquático, oceano, mar, rio, lago. Modo de vida de organismos aquáticos.

Berouniano: Andar regional Ibero-Boémico da série Ordovícico Superior, Sistema Ordovícico, Era Paleozoica, que se iniciou há cerca de 458 milhões de anos.

Bifaces: Ferramentas de corte utilizadas pelos primeiros hominídeos.

Biostratigrafia: Disciplina paleontológica aplicada que estuda a distribuição dos fósseis ao longo das sequências estratigráficas com o objetivo de organizar os estratos, os corpos rochosos sedimentares, em unidades biostratigráficas, e.g., em biozonas.

Bioturbação: Ação de um organismo sobre um substrato brando, não consolidado, e plástico gerando estruturas sedimentares (mais tarde, icnofósseis).

Bivalve: Classe de moluscos de corpo mole revestido por uma concha rígida formada por duas peças laterais simétricas

Braquiópodes: Filo de invertebrados marinhos solitários, com uma concha composta de duas valvas desiguais de composição calcítica ou quitino-fosfática. Comummente confundidos com moluscos bivalves.

Briozoários: Animais coloniais aquáticos sésseis.

Câmbrico: Primeiro período do Éon Fanerozoico e da Era Paleozoica, que durou entre 540 e 485 milhões de anos.

Carater: Traço morfológico ou característica óbvia de um organismo, reconhecível e mensurável, que é a expressão de genes de forma observável.

Carbonífero continental: Sequências de idade carbonífera depositadas em contexto continental, com representação frequente de fósseis de plantas e insetos.

Carbonífero marinho: Sequências de idade carbonífera depositadas em contexto marinho, com representação de fósseis de organismos marinhos.

Carbonífero: Quintoperíodo da Era Paleozoica, que decorreu entre 359 e 299 milhões de anos.

Carta geológica: Carta ou mapa temático que mostra a localização de todos os aspetos geológicos à superfície numa determinada região. Tem como base uma carta topográfica e na representação dos diferentes elementos, recorre-se a cores (para diferentes litologias e rochas de diferentes idades), linhas de vários tipos (falhas e outros acidentes tectónicos) e simbologias variadas para outra informação, tal como, nascentes, explorações mineiras e estações arqueológicas entre outros.

Cefalópodes: Molusco pertencente à classe Cephalopoda, existente desde o Paleozoico até à atualidade.

Cenozoico: Terceira das três eras do Fanerozoico, desde a extinção Cretácico-Paleogénico há 66 milhões de anos até à atualidade.

Chondrichthyes: Classe depeixes cartilagíneos que inclui os tubarões, raias e quimeras.

Clástico: Característica da rocha que é formada por fragmentos de rochas ou minerais de outras rochas pré-existentes.

Cnidários: Um filoexclusivamente aquático, maioritariamente marinho, que inclui, por exemplo, as alforrecas e medusas.

Conglomerado: Rocha detrícica constituída por fragmentos de outras rochas e/ou minerais, de dimensões superiores a 2 mm e com um grau de rolamento significativo, que foram depositados e cimentados.

Conulária: Membro degrupo extinto de cnidários medusozoários que viveram desde o Ediacariano (Proterozoico) até ao Triásico Superior (Mesozoico). É também o nome de um género deste grupo (Conularia).

Cordilheiras: Um conjunto de montanhas relacionadas com o mesmo processo geológico por vezes composto por duas ou mais cadeias paralelas.

Cornulitídeos: Animal pertencente à família extinta Cornulitidae da classe Tentaculita, de organismos incertae sedis, possivelmente brachiozoários, que existiu no Paleozoico, desde o Ordovícico até ao Carbónico.

Cretácico: Terceiro e último período da Era Mesozoica, de 145 a 66 milhões de anos.

Crinoide: Equinoderme crinozoário pertencente à subclasse Crinoidea que existe desde o Paleozoico, desde o Ordovícico, até a atualidade.

Crocodylomorpha: Grupo de arcossauros que inclui os crocodilos. Um antigo grupo de animais, pelo menos tão antigo quanto os dinossauros, que evoluiu para uma grande variedade de formas.

Cronoestratigrafia: Ramo da estratigrafia que estuda as idades dos estratos rochosos em relação ao tempo. Tem o objetivo de representar num quadro as idades (absolutas ou relativas) das rochas e a sua relação com processos geológicos (orogenias e glaciações, por exemplo).

Cruziana: Estrutura de bioturbação atribuída ao icnogénero Cruziana, ocorrendo em sequências estratigráficas do Paleozoico e do Mesozoico inferior, do Câmbrico ao Triásico.

Darriwiliano: Andar do Quadro de Divisões Estratigráficas Internacional da série Ordovícico Médio, sistema Ordovícico, Eratema Paleozoico.

Deriva continental: O nome da teoria que foi apresentada pelo alemão Alfred Wegener em 1913, sobre a movimentação dos continentes, que evoluiu para o que chamamos na atualidade a teoria da Tectónica de Placas.

Devónico: Quarto período da Era Paleozoico, entre os 419 e 359 milhões de anos.

Diagénese: Conjunto dos processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem após a deposição dos sedimentos, durante e após o processo de litificação. Os fenómenos de alteração e metamorfismo não fazem parte da diagénese.

Dinossáurio: Um grupo de répteis que viveu sobretudo no Mesozoico, clado Dinosauria, extinguindo-se quase por completo no final do Cretácico, com exceção das aves (que são dinossáurios avianos).

Dobrotiviano: Andar regional do Ordovícico Ibero-Boémico, da série Ordovícico Médio, do Eratema Paleozoico.

Ecdise: Processo de crescimento por muda da pele ou do exoesqueleto de certos animais (Ecdysozoa), como acontece, por exemplo, com os artrópodes, em que a produção de ecdisona leva a fibra muscular a separar-se do exoesqueleto, dando origem à formação de um novo esqueleto.

Ecossistema: Conjunto das relações de interdependência das comunidades que vivem num determinado local e interagem entre si e com o ambiente, constituindo um sistema estável, equilibrado e autossuficiente.

Endémico: Organismo que é nativo de uma dada região ou cuja distribuição está restrita a essa região.

Entomólogo: Pessoa versada em entomologia, especialidade da biologia que estuda os insetos sob todos os seus aspetos e relações com o homem, as plantas, os animais e o meio ambiente.

Eocénico: Época do Período Paleogénico, da Era Cenozoica, entre os 56 e 34 milhões de anos.

Éon: Categoria mais ampla da geocronologia, isto é, do tempo geológico, que se divide em Eras.

Epibêntos: Conjunto de organismos que vive sobre o fundo em ambientes aquáticos, com modo de vida epibentónico ou epifaunal.

Epipelágico: Organismo que vive na coluna de água, entre 0 a 200 metros de profundidade abaixo da superfície do mar.

Equinodermes: Grupo de animais com uma simetria pentarradiada, que inclui, entre outros, os ouriços-do-mar, estrelas-do-mar, lírios-do-mar e pepinos-do-mar.

Era: Segunda subdivisão da escala do tempo geológico, que se divide em períodos.

Especiação: Especiação é o processo evolutivo pelo qual as populações de uma espécie evoluem para se tornarem espécies distintas, podendo ser potenciada, entre outros motivos, pelo isolamento de uma população.

Espécie: Unidade básica da biologia na classificação de um organismo, e que define um conjunto de populações ou um grupo de organismos que tem potencial para cruzar entre si e produzir descendentes viáveis e férteis.

Espécime: Indivíduo de determinada espécie. O mesmo que exemplar.

Espécimes-tipo: Espécimes, ou conjunto de espécimes no qual foram reconhecidas características únicas que permitiram a identificação de novos taxa, sendo a referência mundial para dado táxon.

Estratigrafia: Ramo da geologia que se ocupa do estudo das rochas estratificadas, nomeadamente de entender a origem e as sucessões sedimentares, bem como, os processos e ambientes sedimentares que lhes presidiram, os eventos que possam ter ocorrido, a sua forma e distribuição espacial (horizontal e verticalmente), a composição litológica, as suas propriedades químicas e físicas e o conteúdo fossilífero.

Exosqueleto: O esqueleto externo rígido, articulado ou não, orgânico ou biomineralizado, que suporta o corpo mole do organismo. O mesmo que esqueleto externo

Ex-situ: Fóssil que foi remobilizado do seu local de formação (de fóssil-diagénese).

Fanerozoico: É o último Éon, caracterizado pela existência de vida abundante, que decorreu desde há 540 milhões de anos até à atualidade.

Filo: Principal subdivisão (táxon) dos reinos e que se divide em classes.

Formação: Unidade básica da litoestratigrafia, caracterizada por um conjunto de rochas que se identificam pelas suas características litológicas (composicionais) e pela posição estratigráfica que ocupam, com características próprias relativas à sua origem, composição, idade, com potencial para serem mapeáveis e representadas numa carta geológica individualmente.

Fóssil: Todo e qualquer resto somático ou vestígio de atividade vital de organismos, conservado num contexto geológico e identificável com o seu produtor, i.e., atribuível a um táxon ou a um icnotáxon, representando-o de algum modo.

Gastrópodes: Classe de moluscos com concha univalve, ou sem concha, com cabeça distinta e pé alargado em palmilha, a que pertencem o caracol, a lesma, etc.

Género: Categoria taxonómica, da hierarquia lineana, correspondendo ao degrau imediatamente abaixo da família e imediatamente acima de espécie.

Geoconservação: Ação de preservar a geodiversidade. A geoconservação tem como objetivo proteger a natureza abiótica, geológica, em harmonia com a biodiversidade, a porção viva do mundo natural.

Geoturismo: Turismo sustentável que valoriza e se baseia no legado geológico de uma região e promove a cultura local beneficiando a economia e o desenvolvimento sustentável.

Gondwana: Um supercontinente que existiu sobretudo durante o Paleozoico e que se começou a fragmentar há cerca de 180 milhões de anos. Entre várias massas continentais atualmente localizadas no hemisfério sul, este supercontinente incluía também o atual Maciço Ibérico, tendo sido nas suas margens setentrionais que se depositaram grande parte das sequências paleozoicas portuguesas.

Goniatite: Molusco pertencente à ordem extinta de cefalópodes amonoides paleozoicos Goniatitida do Devónico, Carbónico e Pérmico.

Graptólito: Hemicordado pterobrânquio paleozoico pertencente à subclasse extinta Graptolithina.

Hirnantiano: Último Andar da Tabela Cronostratigráfica Internacional do sistema Ordovícico, da Era Paleozoico.

Holápis: Nas trilobites, exosqueleto em qualquer estado de desenvolvimento correspondente ao estádio de desenvolvimento ontogénico/período holáspide, quando a carapaça do animal adquire a segmentação adulta, o número de segmentos típico do adulto, mas continuando a sofrer ecdise e a crescer

Holótipo: Espécime biológico ou paleontológico único designado como portador do nome de uma espécie ou subespécie na ocasião em que o nome do novo táxon específico ou subespecífico é estabelecido.

Icnofóssil: Fóssil de vestígio de atividade orgânica, i.e., fóssil de pegadas, trilhos, rastos, galerias, túneis, perfurações, coprólitos, entre outros, de organismos pretéritos.

Ictiossauro: Ordem de répteis marinhos extintos que terá surgido no início do Triássico Inferior, extinguindo-se no início do Cretácico.

Ígnea: Diz-se de rocha que resulta do arrefecimento do magma. O mesmo que magmática.

In-situ: Em tafonomia, diz-se do fóssil de um organismo que viveu, morreu, foi enterrado, fossilizado e encontrado na posição que apresentava em vida. Isto é, fóssil resultante de restos orgânicos que não foram sujeitos a transporte pós-morte. O mesmo que fóssil autóctone, fóssil acumulado ou fóssil em posição de vida.

Jazida: Em Paleontologia, diz-se de um local onde há, normalmente, a ocorrência de fósseis em quantidade e/ou qualidade, ainda que possa designar apenas a localidade-fóssil de onde provém determinado espécime.

Jurássico: Segundo período da Era Mesozoica, entre 201 e 145 milhões de anos.

Katiano: Andar da Tabela Cronostratigráfica Internacional da série Ordovícico Superior, sistema Ordovícico, eratema Paleozoico.

Kralodvoriano: Andar do Quadro de Divisões Estratigráficas do Ordovícico Ibero-Boémico de época Ordovícico Superior, Período Ordovícico da Era Paleozoica

Laurentia: Paleocontinente que inclui essencialmente a América do Norte e que se manteve independente durante a primeira metade da Era Paleozoico.

Litologia: Refere-se ao tipo de rocha. Consiste na descrição de rochas em afloramento ou amostra de mão, com base em várias características tais como a cor, textura, estrutura, composição mineralógica ou granulometria.

Litostratigrafia: Ramo da Estratigrafia que se dedica ao estudo classificação dos corpos rochosos com base nas propriedades litológicas observáveis dos estratos e nas suas posições estratigráficas relativas.

Llandovery: Primeira época do Período Silúrico, da Era do Paleozoico, que se iniciou há 443 milhões de anos.

Lumachélico: Diz-se de uma lumachela, rocha carbonatada biogénica formada maioritariamente por conchas e/ou por fragmentos esqueléticos de moluscos, de braquiópodes, de equinodermes, i.e., por bioclastos, de dimensões superiores a 2 mm. O mesmo que coquina ou calcário conquífero.

Macrofóssil: Fóssil de dimensões macroscópicas, centimétricas ou maiores, que pode ser encontrado, recolhido e estudado à vista desarmada, sem recurso obrigatório a microscópios ou lupas binoculares, a não ser para estudo dos seus aspetos morfológicos mais finos.

Mamute: Um animal extinto da família do elefante, que apresentava tromba e presas de marfim encurvadas, podendo atingir até cinco metros de comprimento e tendo o corpo coberto de pelo.

Membro: Unidade litostratigráfica imediatamente abaixo da formação, que representa sequências com características particulares dentro de uma formação.

Meráspis: Nas trilobites, exosqueleto em qualquer estádio de desenvolvimento correspondente ao estádio de desenvolvimento ontogénico/período meráspide, que sucede ao estádio protáspide. Plural, meráspides.

Mesozoico: Segunda das três eras do Fanerozoico, situada entre duas extinções, a do final do Pérmico há 251 milhões de anos, até à extinção Cretácico-Paleogénico há 66 milhões de anos. Conhecida como a era dos dinossauros.

Miocénico: Época do Período Neogénico, da EraCenozoica, que se iniciou há cerca de 23 milhões de anos.

Necrófago: Animal que se alimenta de animais já encontrados mortos. Desempenham um papel fundamental no meio ambiente através da remoção de organismos em decomposição.

Neogénico: Período da Era Cenozoico que decorreu entre os 23 e os 2,6 milhões de anos.

Oligocénico: Época do Período Paleogénico, da Era do Cenozoico, de decorreu entre os 33 e os 23 milhões de anos.

Olistólito: Blocos de rocha transportado e incorporado noutras formações geológicas, de idade mais recente.

Omnívoros: Animais com capacidade de metabolização de diferentes classes alimentícias, com uma dieta alimentar menos restrita que a dos carnívoros ou herbívoros.

Ontogenia: O nome do processo de desenvolvimento de um organismo (i.e., crescimento), desde a fecundação do óvulo até a maturidade.

Oólito: Partícula esférica do tamanho de um grão de areia (entre 0,25 a 2 mm de diâmetro), que se forma por precipitação química em torno de um núcleo. Este, pode ter diferentes origens, desde um fragmento de uma concha a um fragmento mineral, em torno do qual vai precipitando de forma radial em camadas concêntricas, outro material (carbonato, sílica, fosfato, etc.).

Ordovícico: Período da Era Paleozoico que decorreu entre os 485 e 443 milhões de anos.

Oretaniano: Andar regional do Ordovícico Ibero-Boémico, da série Ordovícico Médio, do eratema Paleozoico.

Orogenia Varisca: Evento geológico de formação de montanhas (orogenia) ocorrido entre o Carbonífero e o Pérmico, e que deu origem a várias cadeias montanhosas na Europa, incluindo muitos relevos do Maciço Ibérico.

Orthocerídeo: Molusco pertencente à ordem extinta de cefalópodes nautiloides Orthocerida que existiu desde o Paleozoico, do Ordovícico, até, possivelmente, ao Mesozoico, ao Triásico.

Osteichthyes: Peixe ósseos. Representam o maior grupo de vertebrados.

Ostracodo: Membro da classe de crustáceos Ostracoda, de tamanhos geralmente abaixo dos 3 milímetros, com concha bivalve composta por quitina e, na maioria dos casos, também carbonato de cálcio e magnésio.

Paleobiologia: Disciplina paleontológica, subdivisão conceptual da paleontologia a par da biocronologia e da tafonomia, que estuda a biologia dos organismos do passado geológico da Terra com base nos seus fósseis.

Paleoclimatologia: Paleoclimatologia é o estudo das variações climáticas ao longo da história da Terra; estudo dos climas do passado, frequentemente indicado por dados paleontológicos.

Paleoecologia: Disciplina paleontológica que estuda os ecossistemas do passado com base nos fósseis, nas associações fossilíferas e nas suas relações com as rochas sedimentares encaixantes.

Paleogénico: O primeiro período do Cenozoico, que decorreu entre os 66 e 23 milhões de anos.

Paleogeografia: Estudo da geografia do passado e sua evolução ao longo da história da Terra, nomeadamente das posições relativas das massas continentais ao longo do tempo geológico, na tentativa de reconstituir a história tectónica do planeta. A paleogeografia tenta também descrever as características geográficas (geografia física) do passado geológico.

Paleontologia: Ciência natural que estuda a vida do passado da Terra por via dos seus vestígios fossilizados, a sua evolução ao longo do tempo geológico e a formação dos fósseis e das jazidas fossilíferas. É uma ciência que pretende compreender o modo de vida, a forma como ficaram preservados/fossilizados e as condições ambientais em que os seres do passado viveram, os fatores que influenciaram a sua evolução e a sua morte e/ou extinção. Neste aspeto, a interação entre a biologia e a geologia é essencial.

Paleozoico: Primeira das três eras do Fanerozoico. Iniciou-se no Câmbrico há 540 milhões de anos e terminou com a grande extinção do Pérmico-Triásico há 251 milhões de anos. Esta Era assistiu à evolução da maior parte dos grupos de organismos conhecidos e sua conquista no meio terrestre.

Palinomorfos: Termo utilizado na referência de partículas entre 5 e 500 µm, compostas por matéria orgânica terrestre e aquática, de que são exemplo pólenes, esporos, algas, etc.

Pangeia: Supercontinente que incorporou quase todas as massas continentais existentes e que se reuniu no período Pérmico, a partir do qual, após um complexo processo de rifting, se foram individualizando as massas continentais atuais. O último dos grande supercontinentes.

Parátipo: Cada um dos exemplares de uma série-tipo para além do holótipo, usados aquando da designação de uma nova espécie ou subespécie.

Pelágico: Um ambiente ecológico das águas oceânicas abertas, acima do ambiente bentónico do fundo dos mares. Diz-se de um organismo que vive na coluna de água.

Pérmico: O último dos períodos da Era Paleozoico, que decorrei entre os 299 e os 252 Ma.

Phyllocarida: Um grupo basal dos Malacostraca, crustáceos epibentónicos marinhos com a cabeça e o tórax encerrados numa carapaça bivalve quitinosa ou calcária.

Planctónico: Que vive à deriva, flutuando livremente na coluna de água de ambientes aquáticos, no oceano, mar, rio ou lago. Modo de vida de organismos aquáticos.

Plumulitídeos: Grupo extinto de vermes anelídeos segmentados e couraçados, pertence a Machaeridia, que existiu desde o Ordovícico Inferior até ao Carbonífero.

Protáspis: Nas trilobites, exosqueleto correspondente ao estádio de desenvolvimento/período protáspide, que antecede o estádio/período meráspide. Plural, protáspides .

Quartzito: Rocha metamórfica granoblástica com mais de 75% de quartzo, cujo protólito é um arenito quartzoso ou, menos comum, um tufo ou riolito silicioso.

Quaternário: O últimoPeríodo do Cenozoico, iniciado há 2,6 milhões de anos.

Regressão: Recuo da área de sedimentação numa bacia. Desta forma, áreas submersas passam a estar emersas, ficando essas rochas e sedimentos, sujeitos aos fenómenos erosivos. Uma regressão no nível das águas de uma bacia deve-se ao recuo do nível médio das águas do mar quer porque tenha ocorrido um período glaciar ou um soerguimento na crusta.

Sandbiano: Andar da Tabela Cronostratigráfica Internacional das séries Ordovícico Médio/Superior, Sistema Ordovícico, do Eratema Paleozoico.

Séssil: Organismo que não se desloca, estando ou não fixado ao substrato, incapaz de se mover.

Sibéria: Antigo continente correspondente a grande parte da atual Sibéria, que foi independente durante o Paleozoico até à sua incorporação na Pangeia.

Siltito: Rocha sedimentar formada através da deposição, e consequente cimentação ou consolidação de fragmentos provenientes de material mineral e material orgânico, de grão muito fino, da dimensão do silte.

Silúrico: O terceiroperíodo da Era Paleozoico entre os 443 Ma e 419 Ma.

Sinapsídeos: É um grupo de cordados que inclui os mamíferos e todos os animais mais próximos deles do que de outros amniotas.

Sinclinal: Dobra na qual as camadas mais recentes se encontram no centro da estrutura e que, frequentemente, apresenta a convexidade para baixo (sinforma).

Subducção: É o nome do processo pelo qual uma placa tectónica desliza sob outra menos densa.

Tafonomia: Especialidade que se dedica ao estudo dos processos de formação dos fósseis, a fossilização.

Taxonomia: Disciplina biológica que define os grupos de organismos biológicos com base em características comuns e nomeia esses grupos.

Testudines: São uma ordem de répteis pertencentes ao clado Testudinata, ao qual pertencem as tartarugas.

Tortoniano: Idade da Época Miocénica, do período Neogénico, da era Cenozoica, que se iniciou há cerca de 11 milhões de anos.

Transgressão: Subida do nível médio das águas do mar, fazendo aumentar a área de sedimentação de uma bacia. Este fenómeno pode acontecer devido à subsidência da bacia ou a uma época interglaciar.

Triásico: Período mais remoto do Mesozoico, sucedido pelo Jurássico, que se iniciou há, aproximadamente, 245 milhões de anos e terminou há, aproximadamente, 208 milhões de anos.

Trilobite: Artrópode marinho pertencente à classe extinta Trilobita do Paleozoico. A trilobite apresentava carapaça dorsal subdividida longitudinalmente em cefalão, toráx e pigídio. Contudo, o nome do grupo resulta da divisão transversal da carapaça em três lobos: dois lobos pleurais, laterais, e um raquidial, axial.

Viseiano: Andar da Tabela Cronostratigráfica Internacional da série Mississipiano Médio, do período Carbonífero, da era Paleozoico.